EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - O governo central (formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou em fevereiro um déficit primário de R$ 1,091 bilhão, segundo dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional. O resultado primário exclui as despesas com juros. O resultado ruim se deve ao baixo superávit realizado pelo Tesouro no mês passado, de apenas R$ 2,659 bilhões. A Previdência Social registrou um déficit de R$ 3,781 bilhões e o Banco Central fez um pequeno superávit de R$ 30,3 milhões. Em janeiro, o governo central apresentou um superávit primário de R$ 13,866 bilhões devido ao saldo positivo do Tesouro naquele mês de R$ 17,583 bilhões.
No acumulado do primeiro bimestre, o superávit primário do governo central foi de R$ 12,775 bilhões, o que representa 2,45% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período de 2009, o superávit foi de R$ 2,866 bilhões, o que equivalia a 0,61% do PIB.
As receitas com dividendos, em fevereiro, impediram que o déficit das contas do governo central, de R$ 1,091 bilhão, fosse ainda maior. Os dados divulgados hoje mostram que o Tesouro Nacional recebeu receita de R$ 2,052 bilhões com dividendos no mês. Em janeiro, as receitas com dividendos somaram apenas R$ 78,9 milhões.
PAC
Os gastos com os investimentos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em janeiro e fevereiro, foram de R$ 2,267 bilhões, 132% a mais que em igual período do ano passado (R$ 977 milhões). Os gastos com o PAC podem ser abatidos da meta de superávit primário das contas públicas, que este ano é de 3,3% do PIB.
Os gastos totais com investimentos do governo no primeiro bimestre de 2010 somaram R$ 5,441 bilhões, o que representa crescimento de 101% em relação aos investimentos realizados no primeiro bimestre de 2009 (R$ 2,704 bilhões).