As contas do Governo Central reúnem Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 17h24.
Brasília - A queda na arrecadação de tributos federais e o aumento nas despesas levaram a um forte déficit primário nas contas do Governo Central em junho e a um resultado deficitário no primeiro semestre, o primeiro da história.
No mês passado, as contas do Governo Central, que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foram negativas em R$ 8,205 bilhões, o pior resultado desde o início da série histórica, em 1997.
Com isso, o resultado primário do primeiro semestre foi deficitário em R$ 1,597 bilhão. No mesmo período do ano passado, o resultado primário acumulava superávit de R$ 17,355 bilhões.
É a primeiro déficit registrado no primeiro semestre na série histórica. Em 12 meses, o Governo Central acumula déficit de R$ 38,6 bilhões - o equivalente a - 0,68% do PIB.
O resultado de junho ficou abaixo do piso das expectativas do mercado financeiro - levantamento do AE Projeções com 15 instituições do mercado financeiro mostrou que as previsões eram de déficit de R$ 6,700 bilhões a superávit de R$ 600 milhões, com mediana de déficit de R$ 3,650 bilhões.
Com dificuldades para fazer um superávit primário maior neste ano, a equipe econômica reduziu a meta para o Governo Central em 2015 na semana passada, que foi de R$ 55,2 bilhões para R$ 5,8 bilhões.
Receitas
O resultado das receitas de junho representam uma queda real de 3,4% em relação a junho de 2014.
Já as despesas tiveram aumento real de 2,1%. No primeiro semestre, as receitas do governo central recuaram 3,5 % e as despesas aumentaram 0,5%.