Economia

Governo Central registra em agosto pior superávit primário desde 2003

O superávit primário atingiu R$ 2,49 bilhões no mês passado

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional: de acordo com o órgão, um dos principais fatores para a queda foi o pagamento antecipado do décimo terceiro  (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional: de acordo com o órgão, um dos principais fatores para a queda foi o pagamento antecipado do décimo terceiro (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 14h57.

Brasília – O esforço fiscal em agosto atingiu o menor nível para o mês em oito anos. Segundo dados divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) atingiu R$ 2,49 bilhões no mês passado. O resultado para o mês só não foi pior que o de agosto de 2003, quando o superávit atingiu R$ 2,48 bilhões.

No acumulado de 2011, o superávit primário soma R$ 69,843 bilhões, contra R$ 29,681 bilhões registrados nos oito primeiros meses de 2010.

De acordo com o Tesouro Nacional, um dos principais fatores que contribuíram para a queda do superávit em agosto foi o pagamento antecipado do décimo terceiro aos aposentados e pensionistas que ganham até um salário mínimo.

Nos oito primeiros meses do ano, a elevação do superávit primário, segundo o Tesouro, foi provocada pelo crescimento das despesas em menor ritmo que as receitas. No acumulado do ano, a receita líquida aumentou 18,8%, enquanto as despesas subiram 10,6%.

Os investimentos totalizaram R$ 28,02 bilhões de janeiro a agosto, valor apenas 0,2% maior que no mesmo período de 2010. Mesmo assim, esse tipo de gasto voltou a registrar crescimento na comparação com o ano anterior. De janeiro a julho, os investimentos tinham apresentado queda de 2,4% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) somaram R$ 90,51 bilhões nos oito primeiros meses de 2011, alta de 11,8%. As despesas com o pagamento do funcionalismo, no entanto, cresceram em ritmo menor: 10,3%, atingindo R$ 117,89 bilhões.

Apesar do ritmo reduzido de crescimento dos investimentos, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continuaram a aumentar. De janeiro a agosto, os gastos do PAC somaram R$ 16,7 bilhões, alta de 40,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

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