Entre os tópicos citados pelo ministro estavam o impacto da medida na inflação e preço dos alimentos (Diogo Zacarias/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 6 de julho de 2023 às 19h16.
Última atualização em 6 de julho de 2023 às 19h26.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira 6, que o governo busca o maior apoio possível para a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Ele esteve na residência oficial da Câmara dos Deputados, participando de reunião com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-AL), e líderes para discutir pontos da pauta econômica desta semana.
"Fui sentar com os líderes e explicar alguns pontos da reforma que estavam causando dúvidas. Foi uma conversa serena. Tinha muito deputado, líder de partido questionando alguns aspectos da reforma e foi tudo esclarecido", disse.
Entre os tópicos citados pelo ministro estavam o impacto da medida na inflação e preço de alimentos. Alguns setores têm questionado a reforma tributária, afirmando que os preços de comida vão subir muito com a mudança do sistema. Esse discurso tem sido reproduzido por parlamentares da oposição.
Haddad está otimista com o avanço da tributária e lembrou que o governo tem tido sucesso em votações na Câmara, com placares expressivos, e que o objetivo é repetir esse desempenho. Ele ainda disse acreditar que é possível votar a reforma tributária, o arcabouço fiscal e o projeto que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) nesta semana, e lembrou da possibilidade de voto remoto.
Apesar disso, ele reiterou que a condução do calendário de votação é atribuição exclusiva da Câmara. Haddad defende que a pauta seja limpa para que, em agosto, o governo possa entrar com outros projetos na retomada dos trabalhos legislativos após o recesso.
Haddad também se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde. Ele disse que foi reportar a Lula os entendimentos firmados após uma semana intensa de negociações na pauta econômica, e avaliou que houve avanços importantes.