A meta das exportações brasileiras foi revista e deve ficar acima dos números divulgados no início do ano. O crescimento das vendas ao exterior será e 8 bilhões de dólares, contra os 6 bilhões previstos anteriormente. Isso representa um aumento de 13% em relação ao ano passado (a previsão inicial representava 10%), quando o país exportou um total de 60 bilhões de dólares. A nova estimativa foi apresentada nesta segunda-feira (28/4) pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, durante evento em São Paulo.

Segundo ele, o crescimento deve gerar cerca de 600 mil novos empregos e ser responsável pelo aumento de 1,5% do PIB brasileiro. Só nos quatro primeiros meses do ano, de acordo com o ministro, as exportações já acumulam um crescimento de 4 bilhões de dólares em relação ao mesmo período de 2002. Entre os setores que mais têm contribuído para esse desempenho estão o de papel e celulose, que acumula alta de 30% nas exportações, e o automotivo, com crescimento de 20%.

Furlan também destacou a recuperação da Argentina, cujas compras de produtos brasileiros deve representar 1 bilhão de dólares neste ano, além das exportações de agronegócios.

A estimativa de crescimento de 8 bilhões de dólares nas exportações considerou que a cotação média do dólar deve ficar em 3 reais até o final do ano. Ao contrário da declaração do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, dada hoje nos Estados Unidos, Furlan não acredita que ainda haja muito espaço para o dólar cair mais. Não acredito num dólar a 2,50 reais , afirmou. Segundo o ministro, o dólar já está muito próximo da cotação ideal .

Sobre os financiamentos às exportações, Furlan disse que o Banco do Brasil deve encerrar o mês de abril tendo concedido empréstimos de cerca de 700 milhões de dólares, recorde histórico da instituição. A média mensal fica entre 300 milhões e 400 milhões de dólares.