Economia

Governo adia para 6/11 leilão de hidrelétricas existentes

O Ministério de Minas e Energia adiou o leilão de hidrelétricas existentes anteriormente agendado para 30 de outubro


	Usina hidrelétrica
 (Santo Antonio/Divulgação)

Usina hidrelétrica (Santo Antonio/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 17h24.

São Paulo - O Ministério de Minas e Energia adiou para 6 de novembro o leilão de hidrelétricas existentes anteriormente agendado para 30 de outubro, com o qual o governo pretende arrecadar 17 bilhões de reais, sendo 11 bilhões ainda neste ano.

A mudança visa a obtenção de tempo para atender exigências do Tribunal de Contas da União (TCU), que precisa aprovar previamente o edital da licitação, afirmou nesta quinta-feira a assessoria de imprensa da pasta.

Mais cedo nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, havia admitido que o leilão e outras medidas do governo para arrecadar recursos, como as ofertas de ações da Caixa Seguridade e do IRB Brasil, poderiam ser adiados devido às "condições de mercado". Segundo o ministério, deverá haver também alteração na configuração dos lotes de usinas a serem ofertados no leilão para os investidores.

O certame oferecerá a concessão de 29 hidrelétricas, divididas em lotes, com a cobrança de um bônus de outorga para os vencedores. Leva cada lote de usinas a empresa que apresentar a menor proposta de tarifa para os consumidores de energia.

Os bônus pagos pelas novas concessionárias terão remuneração por taxa real de 9 por cento, segundo o que foi estabelecido pelo governo. As empresas ainda poderão comercializar até 30 por cento da produção das usinas no mercado livre de eletricidade a partir de 2017, a preços maiores que os praticados na venda para os consumidores.

A taxa de retorno foi vista como atraente por consultorias ouvidas pela Reuters, mas ainda há dúvidas entre as empresas sobre como levantar os recursos para pagamento das bonificações.

O governo anunciou nos últimos dois meses mudanças para ampliar a atratividade do leilão de hidrelétricas, como a liberação da participação de elétricas estrangeiras e a possibilidade de os concessionários venderem parte da produção no mercado livre de energia, ampliando o faturamento.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse à Reuters na semana passada que o Ministério da Fazenda tem entrado em contato com "grandes bancos e grandes agentes financeiros" para viabilizar a licitação.

Texto atualizado às 17h24

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaGovernoHidrelétricasMinistério de Minas e Energia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto