Economia

Governo adia aumento de imposto para bebidas frias

A alta foi adiada por três meses e, portanto, entrará em vigor apenas em setembro


	Homem bebe cerveja: Mantega se reuniu hoje com representantes do setor de bebidas
 (Justin Sullivan/AFP)

Homem bebe cerveja: Mantega se reuniu hoje com representantes do setor de bebidas (Justin Sullivan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 15h02.

Brasília - O governo federal voltou atrás na decisão de aumentar impostos para as chamadas bebidas frias a partir de 1º de junho, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro informou, nesta terça-feira, 13, que a alta foi adiada por três meses e, portanto, entrará em vigor apenas em setembro.

Além disso, o aumento das taxas será feito de forma escalonada. O ministro, entretanto, disse que ainda não está definido em quanto tempo ocorrerá o escalonamento. Mantega se reuniu hoje com representantes do setor de bebidas.

O ministro reconheceu que havia divergências na tabela de aumento dos tributos para bebidas frias e afirmou que ela será revista. "Fizemos um pacto com o setor para não haver aumento durante a Copa. Será uma Copa sem aumento de preços", disse Mantega, em referência ao mundial, que começará em junho.

"Temos preocupação para que a inflação permaneça sob controle", explicou. Além disso, segundo o ministro, foi firmado o compromisso de o setor continuar expandindo e não demitir.

Questionado sobre de que forma o governo compensaria o R$ 1,5 bilhão que deixará de ser arrecadado com o adiamento, Mantega não informou se o governo irá compensar com o aumento de outros tributos. "Vamos refazer os cálculos e isso será acomodado", disse.

No fim de abril, às vésperas da Copa do Mundo, a Receita Federal havia anunciado a elevação do imposto das bebidas frias, em busca de mais arrecadação.

O novo aumento foi anunciado pelo secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, um mês depois de o governo ter feito um reajuste na tributação desses mesmos produtos.

A alta entraria em vigor em 1º de junho. A expectativa era de que o aumento dos preços ao consumidor fosse de 2,25%, em média.

Acompanhe tudo sobre:bebidas-alcoolicasCervejasGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto