Dilma Rousseff: as concessões em rodovias passaram por uma arrumação a favor do mercado, depois que o governo constatou que as condições despertaram pouco interesse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 07h56.
Brasília - A ordem interna dada pela presidente Dilma Rousseff de fazer todo o possível para alcançar um crescimento de pelo menos 3,5% este ano colocou parte da máquina do governo num ritmo frenético.
As concessões em rodovias passaram por um freio de arrumação a favor do mercado, depois que o governo constatou que as condições inicialmente oferecidas despertaram pouco interesse.
Os pedágios máximos aumentaram, o custo dos empréstimos caiu e o prazo dos contratos foi Alongado. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por sua vez, ganhou mecanismos para tentar superar sua já conhecida lentidão.
Em paralelo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenta reforçar a dose dos remédios já conhecidos para combater a queda na atividade econômica. Ele tem pressionado os bancos a elevar o volume de crédito.
Além disso, estão em discussão novos cortes de impostos, como é o caso do PIS-Cofins.
"Nós não brigamos com o mercado", disse à reportagem o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, um dos idealizadores dos pacotes de concessão em portos, ferrovias e rodovias.
"Temos convicção de que o governo precisa incentivar os investimentos em parceria com a iniciativa privada." Ele observou que as concessões das estradas são as primeiras numa longa fila de empreendimentos a serem oferecidos às empresas e deverão movimentar R$ 370,2 bilhões.