Economia

Governadores do BCE votam sobre intercâmbio de títulos gregos

O jornal Die Welt, no entanto, informou na quinta-feira à noite que a operação de intercâmbios havia sido aprovada e estava em curso

O BCE tem comprado também nestes últimos meses títulos da dívida portuguesa, irlandesa, espanhola e italiana (Philippe Huguen/AFP)

O BCE tem comprado também nestes últimos meses títulos da dívida portuguesa, irlandesa, espanhola e italiana (Philippe Huguen/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 10h08.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) submeteu na quinta-feira à votação de seus governadores uma operação de intercâmbio das obrigações gregas que possuem, informaram fontes próximas ao banco.

O BCE preferiu não se pronunciar a respeito. O jornal Die Welt, no entanto, informou na quinta-feira à noite que a operação de intercâmbios havia sido aprovada e estava em curso.

O presidente do Banco Central Alemão (Bundesbank), Jens Weidmann, votou contra o projeto, apurou a AFP.

O intercâmbio de suas obrigações evita que o BCE seja submetido a uma lei que está sendo preparada em Atenas, que prevê obrigar a todos seus credores a renunciar a parte de seus títulos gregos.

A operação permitiria potencialmente ao BCE obter ganhos. Com efeito, o intercâmbio acontece sobre a base do valor nominal dos títulos - entre 40 e 50 bilhões de euros -, apesar de a instituição tê-los comprado por um preço menor em 2010, com uma redução de 70 a 80%.

O ganho gerado seria distribuído aos países da zona do euro e poderia também beneficiar a Grécia.

O BCE tem comprado também nestes últimos meses títulos da dívida portuguesa, irlandesa, espanhola e italiana, como efeito de seu programa de aquisições no mercado secundário da dívida pública de países em dificuldades.

Acompanhe tudo sobre:BCEEuropa

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto