Economia

Governador do MT critica leilão de rodovia do governo

O governador do Mato Grosso do Sul disse também que os estados estão piores que os municípios no que se refere a endividamento


	Rodovia: "Precisamos de aeroportos regionais, portos, rodovias, enfim, precisamos de infraestrutura. Mas os estados não têm dinheiro para isso". disse governador do MT
 (Andrevruas/Wikimedia Commons)

Rodovia: "Precisamos de aeroportos regionais, portos, rodovias, enfim, precisamos de infraestrutura. Mas os estados não têm dinheiro para isso". disse governador do MT (Andrevruas/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 15h29.

São Paulo - O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), disse nesta quarta-feira, 9, durante o Fórum Estadão Regiões sobre o Centro-Oeste, que é irreal o governo federal achar que vai fazer leilão de rodovia com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) tão baixa.

"É mais do que urgente que o governo federal não queira restringir tanto a TIR. É ilusório achar que os empresários vão fazer (as rodovias) com TIR de 5%, 6%, 7%", disse Puccinelli.

Ele ainda criticou a concessão de estradas já feitas pelo governo federal. "Qual das estradas que os espanhóis venceram tem um quilômetro feito? (O governo) fez o papel de bom mocinho, mas a proposta é irreal e hipócrita", afirmou ele, acrescentando que "não pode superfaturar, mas não pode fazer com taxa que não tenha retorno."

O governador do Mato Grosso do Sul disse que os estados estão piores que os municípios no que se refere a endividamento.

"Precisamos de aeroportos regionais, portos, rodovias, enfim, precisamos de infraestrutura. Mas os estados não têm dinheiro para isso."

Puccinelli afirmou que este ano o governo do MS vai pagar R$ 1 bilhão em encargos financeiros sem amortização do principal. "O governo federal impôs que os Estados paguem 15% da receita líquida corrente. Pedimos que isso baixe para 9%. Com esse novo indexador, vai baixar para 10,5%".

O governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), disse que o novo indexador não resolve a questão do endividamento, mas ameniza. O vice-governador de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, afirmou que o grande questão que todos os Estados colocam é a diminuição do comprometimento da receita em relação à dívida. "Da ordem de 9% traria alívio à dívida."

Puccinelli disse ainda que os "empedernidos" do Tesouro Nacional não negociam dívida. "A proposta chega lá, bate e volta." Ele também criticou a Lei Kandir, "que os burros dos governadores anteriores assinaram", porque faz com que o governo federal não devolva ICMS.

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