Maduro: Medida pretende elevar pressão financeira sobre o governo venezuelano (Marco Bello/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de março de 2018 às 21h05.
Na presença de representantes da comunidade do exílio venezuelano na Flórida, o governador Rick Scott assinou nesta quarta-feira a lei que proíbe o estado e suas agências de fazer negócios com empresas que tenham realizado transações comerciais ou "colaborado" com o governo da Venezuela.
O republicano, que em abril deve apresentar sua candidatura para o Senado federal, sancionou o projeto de lei aprovado pelo Legislativo estadual em um popular restaurante venezuelano na cidade de Doral, próxima a Miami, e de grande população de imigrantes da Venezuela.
Rodeado de cartazes nos quais os venezuelanos pediam a "ingerência humanitária" e rejeitavam as "falsas eleições na Venezuela", Scott assinou a lei, destinada a vetar os investimentos estaduais "que beneficiariam o governo opressivo de Nicolás Maduro".
A legislação busca proibir que qualquer agência estadual invista no governo venezuelano e exercer ainda mais pressão financeira sobre o regime de Maduro.
Um dos autores da iniciativa foi o senador democrata José Javier Rodríguez após descobrir a compra feita pelo banco Goldman Sachs de US$ 2,8 bilhões em bônus da companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA.
Nos últimos anos, o governador Scott se transformou em um forte crítico dos governos da Venezuela e de Cuba, e reiterou em várias ocasiões seu compromisso com a liberdade e a democracia de ambos países.