Sede do Goldman Sachs em Manhattan: o risco de a Grécia sair da zona do euro se agravou por causa da perspectiva de baixo crescimento do país (Wikipedia)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2015 às 12h21.
Londres - O risco de a Grécia de sair da zona do euro está aumentando drasticamente e, com ele, o risco de consequências não intencionais também, de acordo com a avaliação dos estrategistas do Goldman Sachs.
Em nota aos clientes, a instituição alertou que mesmo que a Grécia chegue a um acordo com seus credores, "haverá prejuízo para o crescimento".
O risco de a Grécia sair da zona do euro se agravou por causa da perspectiva de baixo crescimento do país, combinado a uma taxa de câmbio real que é difícil de o país suportar, de acordo com estrategistas.
Os estrategistas destacaram que as famílias gregas continuam a retirar os depósitos das contas bancárias enquanto as negociações entre a Grécia e seus credores europeus estão acontecendo.
As famílias resgataram 8,8 bilhões de euros dos bancos em janeiro e 5,4 bilhões de euros em fevereiro.
As empresas retiraram US$ 3,3 bilhões de euros e US$ 1,9 bilhão, respectivamente. Os dados de março ainda não estão disponíveis.
"As saídas de depósitos excedem os episódios anteriores e a piora nas condições financeiras resultante é um severo choque para a economia", diz Robin Brooks, estrategista Goldman em Nova York, acrescentando que o mercado está ignorando esses acontecimentos sob a explicação de que não houve contágio para o resto da periferia da zona do euro.
A falta de um plano para solucionar o baixo crescimento na região foi outro ponto do relatório do Goldman Sachs.
O banco revisou a projeção do euro e projeta que a moeda única irá cair para US$ 0,95 até o final do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.