Economia

Goldman Sachs decreta "fim" dos BRICS

Aos olhos do banco de investimento americano, a era dos BRICS está chegando ao fim


	BRICS: Goldman Sachs liquidou um fundo que acumulava prejuízos consecutivos e que investia em ativos dos BRICS
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRICS: Goldman Sachs liquidou um fundo que acumulava prejuízos consecutivos e que investia em ativos dos BRICS (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 10h53.

São Paulo - Já se vão quase quatorze anos desde que o antigo economista chefe do Goldman Sachs Jim O'Neill cunhou o acrônimo que se tornou sinônimo de países de alto crescimento: Brasil, Rússia, Índia e China (e que depois incluiria também a África do Sul).

Aos olhos do banco de investimento americano, a era dos BRICS está chegando ao fim. O Goldman Sachs resolveu fechar um fundo criado há nove anos que investia em ativos do grupo de países. O motivo? Acúmulo de prejuízos consecutivos.

Segundo a Bloomberg, o fundo geria mais de US$ 1 bilhão, que agora serão aplicados de forma mais abrangente em "mercados emergentes em geral".

A decisão, tomada no mês passado, foi explicada ao regulador do mercado norte-americano, a Securities and Exchange Commission (SEC).

Os ativos do fundo caíram 88% em relação ao pico de 2010, destaca o Quartz. No final do mês passado, o fundo só tinha US$ 98 milhões sob gestão, cerca de um oitavo comparado ao que geria há cinco anos.

“A promessa de um crescimento rápido e sustentável dos BRICS foi muito questionada nos últimos cinco anos”, disse à Bloomberg Jorge Mariscal, responsável pelos investimentos do UBS Wealth Management. Os BRICS “foram um conceito popular. Mas nada é eterno”.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoBricsEmpresasEmpresas americanasGoldman Sachs

Mais de Economia

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR