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GM e Chrysler propõem metas mais rígidas em troca de ajuda dos EUA

Empresas vão pedir mais dinheiro ao governo americano; em troca, oferecerão cortes de gastos maiores que os previstos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2009 às 18h26.

A General Motors vai anunciar, nesta terça-feira (17/2), um agressivo plano de reestruturação para convencer os políticos e contribuintes americanos de que pode sobreviver em meio à deterioração do mercado mundial de automóveis. De acordo com o jornal britânico Financial Times, para recuperar seus negócios, a GM e a Chrysler vão deixar claro que necessitam mais ajuda federal - além dos 17,4 bilhões de dólares aprovados pelo Congresso em dezembro.

A GM dirá que, nos próximos 18 meses, pretende acelerar o fechamento de fábricas, cortar o número de distribuidores, vender ou reestruturar algumas de suas oito marcas, com destaque para Hummer, Saab e Saturn.

Já a Chrysler deve elevar a promessa de cortes de custos fixos para 3,8 bilhões de dólares - ante os 3,1 bilhões divulgados em dezembro. A montadora também vai reduzir a capacidade produtiva anual em 1,3 milhão de veículos, contra os 1,2 milhão originalmente informados.

Segundo o FT, as novas metas decorrem, em parte, da deterioração do mercado mundial automotivo nos últimos dois meses. Nos Estados Unidos, as vendas da GM caíram 49% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2008. Para a Chrysler, a queda foi ainda maior: 55%.

Nesta segunda-feira (16/2), as duas companhias continuavam as negociações com os sindicatos para conseguir uma redução nos custos trabalhistas. Na semana passada, as conversas chegaram a um impasse, quando os negociadores trataram da contribuição das montadoras aos fundos de previdência privada para inativos.

A indústria automotiva americana recebeu bem a notícia, nesta semana, de que o presidente americano, Barack Obama, desistiu de nomear um "czar" para supervisionar o plano de socorro às montadoras. No lugar, Obama optou por criar uma força-tarefa composta por representantes de diversos órgãos do governo. O comitê será encabeçado pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e pelo presidente do Conselho Econômico Nacional, Larry Summers.
 

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