Economia

Gerdau defende limite para vinda de capital estrangeiro

Segundo ele, o assunto é complexo, mas precisa ser enfrentado para impedir que a valorização do real prejudique a indústria nacional

Observada por Pimentel, Abilio e Temer, Dilma cumprimenta Jorge Gerdau na apresentação da Câmara de Gestão

Observada por Pimentel, Abilio e Temer, Dilma cumprimenta Jorge Gerdau na apresentação da Câmara de Gestão

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 16h35.

Brasília - O empresário Jorge Gerdau, que comanda a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade criada pelo governo, afirmou hoje que o governo precisa definir limites para a entrada de capital estrangeiro no Brasil. Segundo ele, o assunto é complexo, mas precisa ser enfrentado para impedir que a valorização do real prejudique a indústria nacional, que perdeu competitividade nas exportações e enfrenta a concorrência das importações baratas.

"As políticas financeiras e econômicas têm de obedecer a uma discussão de vontade política de qual País queremos ser", disse. "Se é só pela visão financeira, com fluxo de capitais, é melhor deixar como está. Mas, para uma visão estratégica de longo e médio prazo, eu diria que é preciso ter uma política de desenvolvimento industrial e tecnológico", completou.

Gerdau lembrou que a balança comercial vem sendo sustentada pelo preço das commodities e destacou que está crescendo o déficit da balança em produtos industrializados. Segundo o empresário, o processo de desindustrialização já começou e a presidente Dilma Rousseff tem preocupação "total" com o tema.

"Nós todos enxergamos que este não é o País que queremos. Isso exige um esforço estratégico importante, tributário, de investimentos e aumento da poupança nacional", disse. Gerdau acredita que o governo deve continuar utilizando o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como instrumento para evitar a entrada de capital especulativo no Brasil.

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