Economia

Geração de emprego formal sofre queda de 69% em novembro

O resultado foi o pior para um mês de novembro desde 2008, informa o governo federal

Carteiras de trabalho empilhadas sobre uma mesa (Jorge Rosenberg/VEJA)

Carteiras de trabalho empilhadas sobre uma mesa (Jorge Rosenberg/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 18h29.

Rio de Janeiro - O Brasil gerou 42.735 novos empregos formais em novembro, 69% a menos que no mesmo mês de 2010 (138.247 novos postos), segundo um balanço divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho.

O resultado foi o pior para um mês de novembro desde 2008, segundo o Ministério, que atribuiu a menor geração de emprego à desaceleração da economia brasileira em consequência da crise econômica mundial.

O número de novos postos de trabalho formais em novembro também foi muito inferior na comparação com outubro deste ano. A diferença foi de 66,1% em relação aos 126.143 registrados em outubro.

O ministro interino do Trabalho, Paulo Roberto dos Santos Pinto, explica em comunicado a perda de dinamismo nos últimos meses: 'esse comportamento pode ser justificado, em parte, pela presença de fatores sazonais, como também, conjunturais, em razão da repercussão dos efeitos da crise internacional'.

Apesar do resultado de novembro, o número de novos empregos formais gerado pelo Brasil nos 11 primeiros meses do ano chegou a 2,32 milhões, o que permitiu que o número de trabalhadores formalmente registrados aumentasse 6,46% na comparação com dezembro do ano passado.

O número de empregos gerado nos 11 primeiros meses deste ano, no entanto, ficou 20,4% abaixo do recorde criado no mesmo período de 2010 (2,91 milhões).

Os números citados pelo Ministério se referem aos empregos formais, ou seja, aos registrados oficialmente e que oferecem todas as garantias trabalhistas legais.

O Brasil gerou em 2010 um recorde de 2,52 milhões de novos empregos formais, muito acima dos 990 mil de 2009, ano em que o país sentiu os reflexos da crise econômica internacional.

Apesar do ritmo mais lento, o emprego gerado nos primeiros meses do ano ajudou a reduzir a taxa oficial de desemprego em outubro para 5,8% da população economicamente ativa, a menor para este mês desde 2002.

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