Torcedores da Argentina comemoram a vitória sobre a Nigéria durante jogo da Copa (Stefano Rellandini/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h49.
São Paulo - O gasto médio dos turistas estrangeiros no Brasil durante os jogos da Copa do Mundo caiu 7,2%, para R$ 241, ante cifra de R$ 260 registrada nos cinco primeiros meses deste ano, segundo dados da Cielo, credenciadora de lojistas para a captura de transações com cartões de débito e crédito.
A queda nos números, que consideram todo o volume gasto por esses visitantes no País de 12 de junho a 8 de julho, está diretamente relacionada, conforme Gabriel Mariotto, gerente da área de Inteligência da Cielo, ao foco dos gastos.
"Bares e restaurantes, setor em que tradicionalmente o tíquete médio é menor, foram os que mais concentraram gastos de estrangeiros durante a Copa do Mundo, representando 38 de cada 100 compras feitas no País", explica ele, em nota à imprensa.
Segundo levantamento da Cielo, os holandeses registraram o maior tíquete médio durante os jogos, de R$ 446. Em seguida, vieram os suíços, que desembolsaram, em média, R$ 416 por compra no comércio brasileiro.
Já os espanhóis, que depois de vencerem a Copa na África do Sul foram eliminados já na primeira fase do torneio no Brasil, gastaram R$ 174 em cada compra feita no Brasil. Os últimos no ranking foram os argentinos, com uma média de R$ 127.
Do total dos gastos dos estrangeiros durante a Copa do Mundo no Brasil, os turistas norte-americanos tiveram a maior participação, conforme a Cielo.
De cada R$ 100 em compras no País, R$ 25 vieram de visitantes dos Estados Unidos. Reino Unido e Argentina vieram logo atrás com 5,8% e 5,2%, respectivamente.
Os turistas colombianos, mexicanos e chilenos, cujos gastos em cartão, segundo a Cielo, foram inexpressivos no Brasil durante os cincos primeiros meses de 2014, impulsionaram as vendas do varejo brasileiro durante a Copa.
A participação dos visitantes da Colômbia atingiu 4,7% do total gasto por estrangeiros no período, seguidos pelos do México, com 4,4%, e chilenos, com 3,1%.
Com 12 cidades-sede, a Copa no Brasil possibilitou uma maior diversificação geográfica de gastos de turistas estrangeiros, segundo a Cielo.
A exceção foram Rio de Janeiro e São Paulo, que, geralmente, recebem a maior parte dos visitantes internacionais e tiveram queda no porcentual de participação enquanto as demais apresentaram tendência de alta.
As duas cidades responderam por 66,8% do total dos gastos de turistas de fora do País na Copa, queda de 12,4 pontos porcentuais ante o mesmo período de 2013, quando ambas representavam, juntas, 79,2% do todo.
Depois de Rio de São Paulo, a cidade-sede que concentrou o maior gasto de turistas estrangeiros foi Brasília, com fatia de 5,7%. Em seguida, vieram Salvador (4,7%) e Belo Horizonte (4,2%).
Na outra ponta, ficou Cuiabá, com 1,2% de participação.
Apesar de galgar a pior posição neste indicador, a capital do Mato Grosso triplicou seu desempenho em relação a 2013, quando, no mesmo período, respondeu por 0,4% dos gastos de turistas estrangeiros no Brasil.