Economia

G20 deve debater níveis de dívida e estímulo monetário

Líderes financeiros devem debater metas específicas para controlar níveis de dívida e perigos de agressivas medidas de afrouxamento da política monetária


	Comissário Europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn: para comissário, período de redução de gastos e empréstimos foi necessário para acalmar os mercados
 (Vincenzo Pinto/AFP)

Comissário Europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn: para comissário, período de redução de gastos e empréstimos foi necessário para acalmar os mercados (Vincenzo Pinto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 08h48.

Líderes financeiros das economias do G20 devem debater nesta sexta-feira metas específicas para controlar níveis de dívida e os potenciais perigos da última rodada de agressivas medidas de afrouxamento da política monetária dos maiores bancos centrais do mundo.

Eles também devem exigir uma resolução mais rápida para estabelecer os parâmetros de referenciais financeiros como a taxa de juros Libor em meio a um escândalo global de manipulação da taxa.

Mas a reavaliação das ações de austeridade entre as maiores economias do mundo será o principal ponto do debate. As economias avançadas, particularmente na Europa, tomaram fortes medidas de austeridade nos últimos anos para segurar o crescimento da dívida, mas esses esforços prejudicaram em algumas vezes economias que já sofriam com evasão de capital e pouco investimento do setor privado.

O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia (UE), Olli Rehn, disse à Reuters em entrevista na quinta-feira que o período de redução de gastos e empréstimos foi necessário para acalmar os mercados, que estavam preocupados com níveis de dívida fora do controle, particularmente nos países periféricos da Europa. Esse tempo passou, disse ele.

"Foi tomada uma ação decisiva. Agora, como restauramos a credibilidade no curto prazo, isso nos dá a possibilidade de ter um caminho mais suave de ajuste fiscal no médio prazo", afirmou.

Os Estados Unidos se opõem a se comprometer com qualquer meta de nível de dívida pública como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), uma forma comum de medir o tamanho da dívida de um país.

"Eu acredito que uma questão que irá surgir ... é a questão de metas duras, ou não, para dívida/PIB", disse a repórteres o ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, na quinta-feira.

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