Economia

Fusões e aquisições no País são recorde no quadrimestre

São Paulo - O número de fusões e aquisições no Brasil registrou um recorde histórico no primeiro quadrimestre de 2010, de acordo com relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers. O bom desempenho foi puxado pelas operações do setor de alimentação, que representaram 11% das transações. No total, foram 236 operações e fusões e aquisições registradas entre janeiro […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O número de fusões e aquisições no Brasil registrou um recorde histórico no primeiro quadrimestre de 2010, de acordo com relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers. O bom desempenho foi puxado pelas operações do setor de alimentação, que representaram 11% das transações. No total, foram 236 operações e fusões e aquisições registradas entre janeiro e abril deste ano, um volume 39% superior ao registrado em igual período de 2009, quando ocorreram 170 transações.

Alexandre Pierantoni, sócio de fusões e aquisições da Price, explica que este número recorde de transações é um sinal de que o crescimento da economia brasileira, a estabilidade e o aumento da demanda interna tornaram as empresas capitalizadas o suficiente para realizar estas operações. "Do total de negócios realizados, 65% foram de empresas com capital nacional, o que é um sinal de que as empresas nacionais estão preparadas para se consolidar", disse.

Em números absolutos, o capital nacional esteve presente em 126 transações em 2010. No mesmo período em 2009 esteve presente em 81 transações. Já o capital estrangeiro esteve presente em 35% dos negócios anunciados (69 transações). O documento também destaca o fato de que 18% das operações do período serem de expansão de empresas brasileiras rumo ao exterior.

Para a PriceWaterHouse Coopers, este aumento nas transações de fusões e aquisições é um sinal de que o setor corporativo está se recuperando para um "contexto pré-crise". Esta recuperação também pode ser notada através do aumento da participação de empresas de capital aberto, para 53% do total.

Os fundos de private equity também estiveram presentes em 40% das transações, um recorde histórico para este tipo de investidor. Segundo Pierantoni, os fundos também estão de olho no bom desempenho das empresas brasileiras. "Para os fundos, as empresas estão se mostrando uma ótima oportunidade de investimento e por isso estamos vendo números recordes de participação", disse.

O executivo disse também que a liderança do setor de alimentos no movimento de fusão e aquisição não é pontual. "É um setor que está crescendo e precisa de consolidação. A participação expressiva destas empresas deve continuar", disse. No setor de alimentos, o destaque foram as operações de frigoríficos e de usinas de açúcar e etanol. Este setor registrou 25 operações no período analisado.

O setor de química e petroquímica compareceu com 23 operações e o de Tecnologia de Informação com 21 operações. As operações de bancos ficou em quarta posição, com 19 transações.

Controle

O relatório também revela que o modelo de aquisição de controle continua predominante, representando 50% do total das operações registradas no período."Isto representa um fator de comprometimento de longo prazo. Não é capital especulativo que está fazendo a maioria das transações", afirma.

As transações que envolveram participação não controladora representaram 33% das transações do período, registrando aumento significativo em relação a sua média histórica no patamar de 21%. Segundo a Price, isto de deve ao aumento da participação de investidores financeiros (private equity) nos negócios. Do total, 8% foram operações de joint venture, 5% de fusão e 4% de incorporação.

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