Economia

Fundos de pensão disputarão Belo Monte

Até o momento, estão confirmadas as participações de Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim e Vale

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2010 às 18h21.

São Paulo e Rio de Janeiro - Fundos de pensão vão participar da licitação para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, cujo leilão está marcado para o próximo dia 20, informou nesta segunda-feira a agência oficial de notícias do governo.

Citando uma alta autoridade da Casa Civil, a Agência Brasil afirmou que o governo confirmou a participação dos fundos de pensão na licitação "para equilibrar a disputa entre os consórcios".

Na semana passada, as construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa desistiram de participar do negócio citando ausência de condições econômico-financeiras. Até o momento, estão confirmadas as participações de Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim e Vale.

O fundo de pensão Petros, principalmente formado por empregados da Petrobras, confirmou à Reuters nesta segunda-feira interesse em participar do leilão, mas divulgou que ainda não tem uma decisão sobre o assunto e que só vai entrar se houver certeza do retorno do investimento.

Enquanto isso a Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, também mostrou interesse em participar, mas "ainda não existe posicionamento". A Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, maior fundo de pensão do país, "continua na posição de sempre", segundo a assessoria.

"Vai participar por meio da Vale e da Neoenergia", explicou um assessor, referindo-se às empresas que atenderam ao chamado da Eletrobras para formar um consórcio e nas quais a Previ tem participação. Também confirmaram interesse na construção da usina as empresas Queiroz Galvão e OAS.

A usina de Belo Monte, alvo de críticas de ambientalistas, será a terceira maior hidrelétrica do mundo, com capacidade de produção de 11.200 megawatts. O projeto é orçado em 19 bilhões de reais. O prazo limite para inscrição dos consórcios é no próximo dia 14.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaBelo MonteEnergiaEnergia elétricaLeilõesServiçosUsinas

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo