Economia

Fundo de resgate será apenas para quem ratificar tratado

Segundo a primeira versão do projeto, apenas os países que apoiarem o novo tratado europeu terão acesso ao fundo

A entrada do fundo está prevista para junho (Daniel Roland/AFP)

A entrada do fundo está prevista para junho (Daniel Roland/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 15h28.

Bruxelas - Apenas os países que ratificarem o novo pacto fiscal europeu poderão recorrer ao Fundo de resgate permanente (MEDE) em busca de ajuda, segundo o quarto rascunho do projeto, debatido entre dirigentes antes da reunião de 30 de janeiro.

A entrada em vigor do MEDE está prevista para julho, diz o texto, ao qual a AFP teve acesso.

Segundo este projeto, para que o tratado para reforçar a disciplina fiscal da Eurozona entre em vigor, ele terá que ser aprovado por 12 países da União Monetária. A princípio foi considerada a possibilidade de uma ratificação mínima de nove membros, uma maioria simples, mas alguns países se opuseram ao considerar que ela não seria suficiente.

O tratado contempla ainda que os países da Eurozona poderão levar seus sócios ao Tribunal Europeu de Justiça, caso não sejam cumpridas as normas do pacto, entre eles a de manter o déficit fiscal abaixo de 3% de seu PIB.

Nesta nova versão, a regra de ouro não terá que ficar gravada nas Constituições dos países, como dizia o primeiro projeto do pacto fiscal para os países da Eurozona, decidido na reunião europeia de 8 e 9 de dezembro.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo