Itamaraty: Ministério já cortou o ponto de cerca de 480 funcionários que aderiram à greve em agosto (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2016 às 07h54.
Brasília - A nova postura do governo federal em suspender o apoio à aprovação das propostas de reajustes salariais de servidores públicos, que tramitam no Congresso Nacional, já movimenta diversas categorias que se preparam para aumentar a pressão e as greves iniciadas nos últimos meses.
A orientação do Planalto à equipe econômica é de que novos projetos não sejam enviados ao Parlamento. O governo também não vai mais orientar a sua base a aprovar os textos que tramitam na Casa. Se esses projetos não forem aprovados, o governo poderá economizar R$ 7,2 bilhões no ano que vem.
Além disso, o tratamento aos grevistas endureceu. O Ministério das Relações Exteriores, por exemplo, cortou o ponto de cerca de 480 funcionários que aderiram à greve, iniciada em agosto.
Além disso, 15 funcionários que tinham postos de chefia entregaram os cargos, o que foi aceito pela administração.
O corte de ponto, informou o Itamaraty, está de acordo com a legislação sobre direito de greve. O Ministério do Planejamento, por sua vez, disse que essa medida é um "procedimento usual", regulado em decreto de 1995.
No total, o Itamaraty tem 3,4 mil funcionários. O maior número de adesões ocorreu na sede do ministério, em Brasília.
Ciente da nova postura do governo, o presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, convocou para esta terça-feira, 20, uma assembleia com os servidores da categoria para deliberar sobre o rumo do movimento dos auditores fiscais da Receita Federal, a "operação padrão". O retorno do pente fino nas alfândegas pode ser pautado na reunião.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.