Economia

Funcionários do Governo argentino tomam o controle da YPF

Kirchner decretou que o ministro do Planejamento, Julio de Vido, assumirá a intervenção da companhia, junto com o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof

A cotação das ações da YPF foi suspensa nesta segunda-feira na Bolsa de Buenos Aires após o anúncio de desapropriação do Governo (Getty Images)

A cotação das ações da YPF foi suspensa nesta segunda-feira na Bolsa de Buenos Aires após o anúncio de desapropriação do Governo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 15h03.

Buenos Aires - Funcionários do Governo argentino liderados pelo subsecretário de Coordenação do Ministério do Planejamento da Argentina, Roberto Baratta, tomaram o controle da companhia petrolífera YPF nesta segunda-feira e retiraram os diretores executivos espanhóis e argentinos da companhia.

Baratta, que até hoje era o único representante do Estado argentino na direção da YPF, apresentou uma lista de diretores executivos que, segundo o Governo, devem renunciar, e ordenou a mudança da segurança do edifício, segundo fontes da companhia petrolífera consultadas pela Agência Efe.

O alto cargo argentino se apresentou na sede da companhia, no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, apenas alguns minutos após a presidente Cristina Kirchner anunciar em rede nacional a intervenção imediata na YPF e o envio ao Congresso de um projeto de lei para expropriar 51% da empresa, controlada em 57% pela espanhola Repsol.

Cristina decretou que o ministro do Planejamento, Julio de Vido, assumirá a intervenção da companhia, com a ajuda do vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, que a imprensa local apontou como um dos principais incentivadores da desapropriação da companhia petrolífera.

A cotação das ações da YPF foi suspensa nesta segunda-feira na Bolsa de Buenos Aires após o anúncio de desapropriação do Governo, que declarou "de utilidade pública e sujeito a desapropriação" 51% do patrimônio da maior petrolífera argentina.

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