Economia

Funcionários do BC no Rio defendem sua autonomia operacional

Funcionários entregaram à presidente um projeto em defesa da autonomia orçamentária, operacional e administrativa do BC


	Prédio do Banco Central em Brasília: autonomia formal está em debate
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Prédio do Banco Central em Brasília: autonomia formal está em debate (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 14h23.

Rio de Janeiro - O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central regional Rio de Janeiro (Sinal-RJ) encaminha hoje (2) à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, resumo do projeto em defesa da autonomia orçamentária, operacional e administrativa do BC. A proposta tramita há mais de um ano no Congresso Nacional.

O documento já foi entregue às coordenações das campanhas dos presidenciáveis Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e também será endereçado à candidata do PSOL, Luciana Genro.

Vice-presidente do Sinal-RJ, João Marcus Monteiro informou à Agência Brasil que o projeto aborda o chamado “sistema financeiro cidadão”.

Assegurou que a autonomia defendida pelos funcionários é diferente de tornar o BC independente. Segundo Monteiro, não se trata de estabelecer um quarto poder no país. “O Congresso fiscalizará a atuação do banco", assinalou.

A ideia do Banco Central autônomo nos planos operacional, administrativo e orçamentário objetiva permitir que a instituição possa defender a moeda nacional, sem sofrer pressões do mercado financeiro ou outras ingerências externas.

“A independência seria deixar o BC fazer o que quiser, como um quarto poder. Não é isso que os funcionários desejam”. Conforme o vice-presidente do Sinal-RJ, da mesma forma que o Judiciário não presta contas ao Executivo ou ao Legislativo, o Banco Central independente também não prestaria. "A gente não quer isso. Queremos o banco autônomo. Assim, ele tem de prestar contas à sociedade, por meio do Congresso”, observou.

Monteiro destacou que, com o BC autônomo, os mandatos do presidente e dos membros da diretoria seriam descasados do mandato do presidente da República. “O presidente começaria já com a diretoria anterior. No meio da gestão, se desejasse nomearia nova diretoria.

Acrescentou que a autonomia operacional dá ao banco certa independência, “porque não fica amarrado ao governo. Ele faria o que é melhor para fortalecer a moeda nacional”, finalizou.

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