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Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 16h31.
Washington - Cerca de mil funcionários de redes de fast-food saíram às ruas de Washington, como parte de uma mobilização nos Estados Unidos, para exigir um "salário digno" e criticar a crescente desigualdade econômica.
Com cartazes de "Não podemos sobreviver com US$ 7,25", cem deles, contratados pelo McDonald"s, se manifestaram na frente do Museu do Ar e Espaço da capital americana .
"O que nos pagam não é justo, não temos férias, nem seguro médico", disse à Agência Efe Gonzalo Morales, empregado de origem mexicana, que trabalha há três anos no McDonald"s que serve hambúrgueres aos visitantes do museu.
"Tenho três trabalhos e o que ganho não dá para manter a família", lamentou Morales, de 53 anos.
Junto com Morales, participaram do protesto outros empregados da rede de fast-food e vários legisladores, que pediram ao presidente americano, Barack Obama, que atue e pressione o Congresso.
"Sabemos que o presidente Obama tem o coração de nosso lado, mas necessitamos que sua assinatura também esteja de nosso lado", disse Keith Ellison, representante democrata por Minnesota.
Muitos dos trabalhadores que protestavam nesta quinta-feira são empregados de empresas de fast-food terceirizadas em edifícios federais, motivo pelo qual exigiam ao presidente que assine uma ordem executiva na qual se garanta um salário digno.
As manifestações são parte de uma mobilização nacional em uma centena de cidades dos Estados Unidos com a mesma reivindicação: elevar o atual salário mínimo federal de US$ 7,25 para US$ 15 por hora.
Organizações como a "Fast Food Forward", coordenadora do evento, alertaram que enquanto as empresas gozam cada vez de maiores benefícios, os empregados devem recorrer à assistência pública para poder chegar ao final de mês e sustentar suas famílias.