Dilma Rousseff: menor controle sobre os sindicatos que o antecessor Lula (Sergio Dutti/Veja)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2011 às 09h38.
São Paulo - Mais de 30 entidades do funcionalismo federal preparam uma onda de paralisações, greves e protestos em busca de aumentos salariais acima da inflação. Depois de várias audiências com o governo Dilma Rousseff, sem nenhuma das reivindicações atendidas, a Coordenação Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (CNESF) avalia ter chegado o momento de os trabalhadores apresentarem a pauta real para o governo.
A entidade convocou para esta terça-feira um dia de mobilização e promete colocar de braços cruzados boa parte do funcionalismo, o que serviria de advertência ao governo. Nessa mesma data, está prevista uma reunião, em Brasília, na qual o governo prometeu dar respostas às reivindicações econômicas da categoria.
"Para mostrar que estamos dispostos a fazer enfrentamento, vamos paralisar os serviços nesse dia de negociação", afirma Paulo Barela, membro da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), que faz parte da CNESF. "Se a resposta do governo não mostrar avanços nas negociações, vamos ter de arregaçar as mangas e ir à luta." Hoje, há mais de 2 milhões de servidores, entre ativos e aposentados. Os porcentuais de aumento reivindicados variam de categoria para categoria e chegam a superar 35%.
Logo que assumiu, a presidente Dilma prometeu austeridade fiscal e redução das despesas com custeio da máquina pública, o que significa limitar ou não dar reajuste aos servidores públicos federais. A medida representa uma guinada em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concedeu reajustes generosos ao funcionalismo no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.