Banco da Espanha: o saldo na balança já está negativo há 13 meses, embora a maior parte dela corresponda à operações interbancárias (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2012 às 08h41.
Madri - Um total de 235,375 bilhões de euros saíram da Espanha nos sete primeiros meses do ano como consequência da fuga de investimentos.
No mesmo período de 2011, o saldo era positivo e acumulava uma entrada líquida de capital de 17,689 bilhões, de acordo com os dados da balança de pagamentos publicados nesta sexta-feira pelo Banco da Espanha.
A fuga de capitais do país até o mês de julho representa o número mais alto de toda a série histórica.
No entanto, em julho só saíram 15,030 bilhões de euros, muito abaixo do valor registrado no mês anterior, que foi de mais de 56 bilhões de euros.
O saldo na balança já está negativo há 13 meses, embora a maior parte dela corresponda à operações interbancárias (entre instituições financeiras), enquanto a quantidade de depósitos de empresas e famílias que saíram da Espanha não é tão grande em comparação (9,784 bilhões de euros entre janeiro e julho).
No total, os investimentos no mercado financeiro -empréstimos, depósitos e outros instrumentos- acumularam saídas líquidas no valor de 164,882 bilhões de euros, frente às entradas líquidas de 27,624 bilhões de euros no mesmo período de 2011.
Em relação aos investimentos em ações, fundos de investimento, bônus, obrigações e instrumentos do mercado monetário, foi registrada uma saída líquida de 83,353 bilhões de euros, enquanto há um ano esse número foi de 151,1 milhões de euros.
Neste caso foi maior a fuga de capital estrangeiro (95,728 bilhões de euros), enquanto foram repatriados 12,375 bilhões de euros.
Os investimentos diretos originaram nos sete primeiros meses do ano entradas líquidas de 1,311 bilhões, frente aos 763,4 milhões de 2011.