Economia

Fraqueza de PMIs da China indica mais desaceleração

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de indústria da China caiu para 49,7 em agosto ante 50,0 em julho


	Trabalhador da indústria de aço em frente a um alto-forno da siderúrgica Chongqing, na China
 (China Photos/Getty Images)

Trabalhador da indústria de aço em frente a um alto-forno da siderúrgica Chongqing, na China (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 07h36.

Pequim/Xangai - A atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao menos três anos em agosto, uma vez que as encomendas domésticas e de exportação caíram, aumentando os temores dos investidores de que a segunda maior economia do mundo pode estar caminhando para um pouso forçado.

Ainda mais preocupante, o setor de serviços da China, que tem sido um dos únicos pontos animadores na economia, também mostrou sinais de esfriamento.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial de indústria da China caiu para 49,7 em agosto ante 50,0 em julho, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas. O resultado ficou em linha com pesquisa da Reuters mas foi o mais fraco desde agosto de 2012, e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

As novas encomendas, medida de demanda doméstica e externa, caíram, para 49,7 em agosto ante 49,9 em junho. As novas encomendas de exportação contraíram pelo 11º mês seguido.

Pesquisa privada do Caixin/Markit que foca em fábricas menores indicou uma desaceleração ainda mais forte, com o PMI caindo para 47,3, pior leitura desde março de 2009.

As empresas de serviços da China também estão mostrando claros sinais de fadiga, ao ponto em que o crescimento no setor pode não mais ser suficiente para compensar a persistente fraqueza da indústria.

O PMI oficial de serviços desacelerou para 53,4, permanecendo ainda em território de expansão, mas o PMI privado caiu com força para 51,5, menor nível desde julho de 2014.

Isso levou o PMI Composto, que combina indústria e serviços, para abaixo de 50 pela primeira vez desde abril de 2014.

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