Economia

França levará questão da 'guerra cambial' ao G-20

O Grupo dos 20, que reúne países industrializados e em desenvolvimento, tem encontro de ministros marcado para esta sexta-feira em Moscou


	 O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, criticou "comportamentos agressivos em termos de política monetária em outras zonas cambiais
 (AFP/ John Thys)

 O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, criticou "comportamentos agressivos em termos de política monetária em outras zonas cambiais (AFP/ John Thys)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2013 às 17h36.

Bruxelas - O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse que seu país está pressionando para que a volatilidade no mercado de moedas seja discutida pelo G-20, porque a valorização rápida do euro está prejudicando a economia da região. "As taxas de câmbio precisam refletir os fundamentos da economia. Precisamos ter certeza de poder conter a volatilidade das cotações, que terá um efeito negativo sobre a economia se continuar", afirmou Moscovici durante entrevista coletiva depois da reunião dos ministros das Finanças dos países da zona do euro.

O ministro francês disse ainda que está buscando "uma abordagem coordenada dessa questão, e essa é a mensagem que a França levará às instituições internacionais, e particularmente ao G-20". O Grupo dos 20, que reúne países industrializados e em desenvolvimento, tem encontro de ministros marcado para esta sexta-feira em Moscou.

À medida que os países desenvolvidos tentam promover a recuperação de suas economias, eles têm usado políticas monetárias agressivas para estimular o crédito e os investimentos. Os EUA, que têm mantido taxas de juro extremamente baixas há quatro anos, já vinham sendo alvo de críticas há bastante tempo, mas o foco voltou-se recentemente para o Japão.

Moscovici criticou "comportamentos agressivos em termos de política monetária em outras zonas cambiais" e disse que a melhor maneira de resolver o problema seria uma ação coordenada em nível global. "Precisamos evitar guerras cambiais e pressões inúteis sobre os bancos centrais. Por outro lado, precisamos ter uma discussão legítima sobre a questão. O G-20, onde todas as zonas monetárias envolvidas estão representadas, é sem dúvida o melhor momento e o melhor lugar para levantar esse assunto", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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