Sede do Banco Cnetral Europeu: o primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, disse que a medida do BCE foi "ótima" (Krisztian Bocsi/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2013 às 14h50.
Autoridades da Itália, Irlanda, França e do Fundo Monetário Internacional (FMI) saudaram o inesperado corte na taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira.
Segundo o diretor do departamento de comunicações do FMI, Gerry Rice, a decisão ajudará a recuperação da zona do euro e é "totalmente justificada" devido à fraca perspectiva de inflação no bloco.
"Nós saudamos firmemente a decisão do BCE", afirmou. "A decisão é plenamente justificada pela dinâmica da inflação e fraquezas substanciais na economia". Rice ressaltou que a recuperação da zona do euro ainda é "frágil" e "a perspectiva continua a ser um desafio".
As autoridades europeias têm de garantir a agenda política seja "mantida e implementada fortemente".
Questionado sobre a possibilidade de deflação na zona euro, Rice disse que isso "é algo que estamos analisando. A inflação em toda a zona do euro tem caído constantemente nos últimos meses, com pressões deflacionárias se intensificando em alguns países da periferia". Nesse contexto, "a decisão do BCE é útil", acrescentou.
O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, disse que a medida foi "ótima". Segundo a autoridade italiana, isso ajudará a evitar que o euro se valorize demais em relação ao dólar, o que "tem estado na raiz dos problemas com os quais tivemos de lidar nos últimos anos".
O premiê Irlandês, Enda Kenny, também elogiou a medida. Para Kenny, a decisão mostrou que o banco central está ajudando a "lidar com a questão do desemprego e do crescimento" na Europa.
O ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, também seguiu a mesma linha e afirmou que o corte sustenta a recuperação do bloco e limita os riscos de deflação.
Com informações da Dow Jones Newswires.