Economia

França e Espanha não atingem meta de déficit de 2012

França fechou o ano com déficit de orçamento de 4,8% (meta de 4,5%) enquanto a Espanha fechou com 7,1% (meta de 6,3%)


	Bandeira dos países da Zona do Euro: déficit fiscal combinado foi de 3,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em comparação com 4,2 por cento em 2011
 (Johanna Leguerre/AFP)

Bandeira dos países da Zona do Euro: déficit fiscal combinado foi de 3,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em comparação com 4,2 por cento em 2011 (Johanna Leguerre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 10h35.

Bruxelas - A França e a Espanha não atingiram suas metas de déficit orçamentário no ano passado, mostraram dados da União Europeia (UE) nesta segunda-feira, embora o panorama fiscal geral para a zona do euro tenha melhorado.

O déficit de orçamento de 2012 da França foi de 4,8 por cento da atividade econômica, informou a agência de estatísticas Eurostat na leitura final das contas públicas de todos os 27 países. A meta era de 4,5 por cento.

O déficit de orçamento da Espanha foi de 7,1 por cento, excluindo a recapitalização de bancos --acima da leitura de fim de ano oficial do governo de 6,98 por cento, e bem superior à meta original de Madri de 6,3 por cento.

Entretanto, no geral, os 17 países da zona do euro mostraram-se muito melhores no fim de 2012. O déficit fiscal combinado foi de 3,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em comparação com 4,2 por cento em 2011 e 6,5 por cento em 2010.

Cortes rigorosos de gastos públicos têm sido a estratégia da zona do euro para recuperar a credibilidade com os investidores após um boom de crédito de uma década.

O desemprego recorde e os protestos pela Europa, no entanto, estão forçando uma reconsideração, com o foco mudando para estratégias de crescimento. Espera-se que a Espanha e a França consigam mais tempo para atingir as metas estipuladas pela União Europeia.

Os líderes da UE estão desesperados por crescimento econômico, à medida que a zona do euro enfrenta seu segundo ano consecutivo de recessão, e algumas autoridades dizem que eles vão recuar dos cortes de gastos apontados por aprofundar a retração econômica da Europa.

Entretanto, ainda não está clara a proporção da mudança de política que as autoridades da UE estão planejando.

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