Economia

França e Alemanha formam grupo para enfrentar crise do euro

O trabalho buscará soluções para questões como supervisão bancária, recapitalização dos bancos espanhóis e a crise na Grécia


	O ministro alemão, Wolfgang Schäuble: ele ressaltou a necessidade de estimular o crescimento
 (Odd Andersen/AFP)

O ministro alemão, Wolfgang Schäuble: ele ressaltou a necessidade de estimular o crescimento (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2012 às 09h38.

Berlim - Os governos da Alemanha e da França formarão nos próximos dias um grupo conjunto de trabalho para enfrentar a crise da zona do euro.

O anúncio da medida foi feito nesta segunda-feira após a reunião entre os ministros das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e francês, Pierre Moscovici.

Ambos concordaram em estreitar a colaboração entre os dois países para combater a crise da zona do euro e os problemas de financiamento dos países do sul da Europa.

"Trabalharemos juntos para preparar bilateralmente as decisões que devem ser tomadas para enfrentar a crise da zona do euro, disse Schauble.

O trabalho em equipe buscará soluções para questões como supervisão bancária, recapitalização dos bancos espanhóis, reforço da união fiscal e monetária e a crise na Grécia.

Os governos da Alemanha e França estão em contato direto com o da Espanha para tomar "rapidamente" as decisões necessárias para aplicar o já estipulado programa de recapitalização dos bancos espanhóis.

Sobre a crise grega, Schauble disse que a questão será trabalhada com base nas conversas mantidas na semana passada pelo primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande.

O ministro alemão ressaltou além disso a necessidade de estimular o crescimento, já que "nos encontramos de maneira geral, na economia mundial, mas também na Europa, diante de uma fase de fraqueza do desenvolvimento econômico".

Moscovici destacou que a reunião bilateral é "um sinal que desejamos avançar juntos em direção às soluções sustentáveis".

O ministro francês afirmou que o decisivo atualmente é "aprofundar" a cooperação bilateral através do novo grupo de trabalho conjunto para preservar a integridade, a continuidade e a estabilidade da zona do euro. 

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