Economia

França divulga déficit abaixo do esperado em 2011

O patamar de 5,2% é cinco décimos inferior ao que o governo tinha se comprometido perante seus parceiros europeus

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, celebrou os bons dados relativos ao déficit e destacou que isso reforça as garantias para cumprir um déficit inferior a 3% do PIB em 2013 (Kenzo Tribouillard/AFP)

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, celebrou os bons dados relativos ao déficit e destacou que isso reforça as garantias para cumprir um déficit inferior a 3% do PIB em 2013 (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 07h05.

Paris - O déficit público da França no ano passado foi de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), após o índice de 7,1% alcançado em 2010, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INSEE).

O número é cinco décimos inferior ao que o governo tinha se comprometido perante seus parceiros europeus.

A dívida pública, no entanto, subiu mais do que se previa, até o nível recorde de 85,8% do PIB, contra os 82,3% de um ano antes.

O rombo financeiro das administrações públicas e da Seguridade Social totalizou 103,6 bilhões de euros, quando em 2010 fora de 137,4 bilhões, uma queda que teve a ver tanto com o aumento da receita (que passou de 49,5% a 50,7% do PIB) quanto com a moderação das despesas (que desceu de 56,6% a 55,9% do PIB).

O principal ponto negativo foram os juros pagos pelo Estado, que subiram 9,5% por causa do aumento do volume da dívida e da inflação, que elevou a remuneração das obrigações atreladas ao índice de preços ao consumidor.

Ao fim de 2011, a dívida pública representava 1,5729 trilhão de euros, consideravelmente acima dos 1,4738 trilhão de um ano antes.

Desse total, 1,2712 trilhões de euros correspondiam à administração central, 156,6 bilhões às administrações locais e 146,8 bilhões à Seguridade Social.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, celebrou os bons dados relativos ao déficit e destacou que isso reforça as garantias para cumprir o objetivo de um déficit inferior a 3% do PIB em 2013, passando a 'zero' em 2016.

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