Economia

França anuncia plano de 8 bilhões de euros para salvar setor de automóveis

O setor automobilístico na França, que emprega diretamente 400 mil pessoas, registrou um colapso de vendas de 88,8% em abril com a crise do coronavírus

França: plano prevê aumento nos subsídios para a compra de carros (Koji Sasahara/Pool/Reuters)

França: plano prevê aumento nos subsídios para a compra de carros (Koji Sasahara/Pool/Reuters)

A

AFP

Publicado em 26 de maio de 2020 às 14h39.

Última atualização em 26 de maio de 2020 às 15h03.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça-feira (26) um plano "histórico" de mais de 8 bilhões de euros (8,8 bilhões de dólares) para salvar a indústria automobilística francesa, duramente afetada pela crise do coronavírus.

"O Estado contribuirá com um pouco mais de 8 bilhões de euros em ajudas para o setor", anunciou Macron durante uma visita a uma fábrica de Valeo, uma empresa francesa que produz autopeças.

O plano, que visa uma transição para veículos mais limpos e proteger a competitividade do setor, inclui um aumento nos auxílios para a compra de veículos elétricos e híbridos recarregáveis na rede.

Também prevê um aumento nos subsídios, para que famílias mais modestas possam comprar um carro novo, menos poluente e contra a demolição do carro antigo.

"Este é um plano de defesa de nosso emprego industrial, que enfrentará uma das crises mais severas de sua história", declarou Emmanuel Macron.

O setor automobilístico na França, que emprega diretamente 400.000 pessoas, registrou um colapso de vendas de 88,8% em abril, em comparação com o ano anterior, um terremoto para este setor-chave da indústria.

"É algo sem precedentes fora dos tempos de guerra", destacou o presidente francês.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaFrançaMontadoras

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade