Economia

Força Sindical apoia nova regra da poupança e CUT avalia

Paulinho da Força declarou que, como a mudança não afeta os depósitos antigos, irá aprovar a proposta, que será enviada ao Congresso

Com a Selic acima desse patamar, fica mantida a regra atual da poupança, de 0,50% ao mês mais TR (José Cruz/ABr)

Com a Selic acima desse patamar, fica mantida a regra atual da poupança, de 0,50% ao mês mais TR (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 19h18.

Brasília - O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Paulinho, que também preside a Força Sindical, confirmou na quinta-feira as principais mudanças nas regras da caderneta de poupança que serão anunciadas ainda nesta noite pelo governo.

Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff e outras lideranças sindicais, o deputado disse a jornalistas que a nova regra só deverá atingir depósitos feitos a partir da sexta-feira. Segundo ele, quando a Selic cair abaixo de 8,5% ano, a poupança terá correção de 70% da taxa básica mais TR (Taxa Referencial). Com a Selic acima desse patamar, fica mantida a regra atual, de 0,50% ao mês mais TR.

O deputado declarou que, como a mudança não afeta os depósitos antigos, irá aprovar a proposta, que será enviada ao Congresso por meio de medida provisória.

Já a secretária de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro, que também participou do encontro com a presidente, afirmou a jornalistas que Dilma fez questão de explicar que as novas medidas "não trarão nenhum prejuízo ao pequeno poupador".

A presidente, segundo relato de Carmen, justificou na reunião que queria conversar com as centrais sindicais e esclarecer as medidas, porque tinha preocupação de como isso seria entendido pela população, já que existe um trauma quando o assunto é poupança.

Ainda conforme a secretária da CUT, Dilma teria esclarecido que as medidas são necessárias para construir um caminho para se ter juros menores no País e que o objetivo do governo é que os juros finais aqui sejam como os dos países desenvolvidos. Segundo a sindicalista, a presidente reiterou que o juro atual no País é muito alto e reconheceu a necessidade de reduzir a carga tributária.

Carmen contou ainda que a presidente não quis conversar sobre a incidência do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nem sobre o fator previdenciário. Dilma falou aos sindicalistas que a questão da PLR está sendo discutida no governo e prometeu conversar em breve com as entidades.

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