Economia

Força maior no Brasil se espalha pela cadeia do açúcar

Segundo fontes, advogados estão distribuindo avisos de força maior ao longo de toda a cadeia do açúcar depois de incêndio no porto de Santos

Bombeiros tentam apagar incêndio em armazén da Copersucar, maior comercializadora de açúcar do mundo, no porto de Santos (Paulo Whitaker/Reuters)

Bombeiros tentam apagar incêndio em armazén da Copersucar, maior comercializadora de açúcar do mundo, no porto de Santos (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 15h40.

Londres - Advogados estão distribuindo avisos de força maior ao longo de toda a cadeia do açúcar depois que um incêndio destruiu armazéns da Copersucar no porto de Santos, disse uma fonte jurídica nesta quinta-feira.

A maior comercializadora de açúcar e etanol do mundo, a Copersucar, declarou força maior para alguns exportadores de açúcar independentes com contratos de envio no terminal em Santos, disseram fontes do mercado.

O fogo destruiu 180 mil toneladas do produto, ajudando a elevar as cotações na bolsa de Nova York no dia do incidente.

Os danos no terminal, com capacidade de movimentação de 10 milhões de toneladas por ano, podem afetar a capacidade da empresa de estocar e vender para o exterior, disseram operadores.

"Há uma longa cadeia de contratos", disse a fonte jurídica, referindo-se à cadeia de suprimento, com clientes que receberem um aviso de força maior e estão repassando o comunicado para suas contrapartes.

Força maior é um termo jurídico que refere-se a eventos catastróficos imprevistos que livram a empresa de obrigações.

"A Copersucar declarou força maior no topo da cadeia. Aquele comunicado está gradualmente descendo para a base da cadeia", disse a fonte.

Sob o regime de direito inglês, a força maior pode ser aplicada apenas se estiver estipulada nos termos do contrato.

"É extremamente difícil generalizar sobre que efeito a força maior terá, porque depende do que diz o contrato", disse a fonte.

Acompanhe tudo sobre:acucarComércioCommoditiesCopersucarEmpresasEmpresas brasileirasIncêndiosPorto de Santos

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo