Ilan Goldfajn: economistas consultados pelo BC mantiveram a perspectiva de um corte de 0,75 ponto percentual na Selic na reunião do Copom em outubro (Andressa Anholete/Getty Images)
Reuters
Publicado em 11 de setembro de 2017 às 09h23.
Última atualização em 11 de setembro de 2017 às 09h23.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras passaram a ver a taxa básica de juros ainda mais baixa neste ano e no próximo, com inflação menor e melhora na perspectiva para o crescimento econômico.
A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a perspectiva para a Selic em 2017 caiu a 7 por cento, de 7,25 por cento antes, enquanto que para 2018 foi a 7,25 por cento, de 7,5 por cento.
Com isso, a expectativa geral para este ano se alinha à do grupo que mais acerta as previsões, o Top 5, que continua vendo a taxa básica a 7 por cento. Porém, o Top-5 manteve a expectativa de que a Selic terminará 2018 também nesse patamar.
Na semana passada, o BC cortou a Selic em 1 ponto percentual, a 8,25 por cento ao ano, e indicou que vai desacelerar o ritmo de reduções de forma "gradual".
Para a reunião de política monetária de outubro, os economistas consultados pelo BC para a pesquisa semanal mantiveram a perspectiva de um corte de 0,75 ponto percentual na Selic.
Entretanto, para o encontro seguinte, em dezembro, a expectativa de redução aumentou para 0,5 ponto, contra 0,25 ponto esperados anteriormente.
O afrouxamento monetário acontece em meio a um cenário cada vez mais favorável da inflação, mesmo com sinais um pouco mais consistentes de recuperação econômica.
Em relação à alta do IPCA, as contas no Focus mostraram redução tanto para 2017 quanto para 2018. Para este ano, a expectativa de inflação passou a 3,14 por cento, 0,24 ponto percentual a menos do que na semana anterior, enquanto que para o ano que vem foi a 4,15 por cento, 0,03 ponto a menos.
Em relação à atividade econômica, o Produto Interno Bruto (PIB), deve crescer 0,6 por cento em 2017 na mediana das projeções, uma melhora de 0,10 ponto percentual ante o levantamento anterior. Para 2018, a conta também melhorou, a uma expansão de 2,10 por cento, de 2 por cento.