Economia

Focus prevê contração de 2,99% e inflação de 7% em 2016

Segundo a previsão, os analistas mantiveram os mesmos cálculos de contração previstos na semana passada para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano


	Inflação: analistas também pioraram as previsões de inflação para este ano, que passaram de 6,93% a 7%
 (Thinkstock)

Inflação: analistas também pioraram as previsões de inflação para este ano, que passaram de 6,93% a 7% (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h01.

Brasília - As novas projeções dos analistas do mercado financeiro apontam para uma contração de 2,99% em 2016 e um aumento da inflação para 7%, segundo o reporte semanal do Banco Central.

As previsões figuram no Boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central que inclui uma pesquisa realizada com cem analistas de instituições financeiras privadas sobre o estado da economia nacional.

Segundo a previsão, os analistas mantiveram os mesmos cálculos de contração previstos na semana passada para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

De acordo com os analistas consultados pela autoridade monetária, a economia registrou em 2015 sua maior queda nos últimos 25 anos (-3,71%), por isso que, se forem cumpridas as previsões para 2016, o PIB encadeará dois anos consecutivos em números vermelhos.

Para os economistas do setor privado, a economia se recuperará a partir de 2017, quando é esperado um crescimento de 1%, um pouco mais dos 0,86% previstos na anterior edição do boletim.

Os mesmos analistas também pioraram as previsões de inflação para este ano, que passaram de 6,93% a 7%, um número que ultrapassa o teto oficial marcado pelo governo (6,5%), fixado a partir de uma meta de 4,5%, embora inferior aos 10,67% registrados em 2015, o maior nível nos últimos treze anos.

Para 2017, a inflação prevista passou de 5,2% de na semana passada para 5,40% nesta segunda-feira.

Sobre a taxa básica, os economistas mantiveram para 2016 uma projeção de 15,25%, um ponto percentual a mais que os atuais 14,25% com os quais terminou em 2015, e para o próximo ano foi elevada de 12,75% para 12,88%.

Além da recessão e a alta do PIB, o Brasil enfrenta um aumento dos níveis de desemprego e um déficit recorde nas contas públicas, o que levou duas agências de qualificação a retirar do país o grau de investimento que o garantia como bom pagador.

Os economistas concordam que a situação econômica foi agravada pela crise política que o país atravessa e que dificultou a aprovação de algumas das medidas que integram o plano de ajuste fiscal lançado pelo governo para sanar as debilitadas contas públicas do país.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusIndicadores econômicosInflaçãoMercado financeiroPIB

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto