Economia

Focus piora previsão de crescimento da economia em 2014

A expectativa para o fraco crescimento é explicado pelas previsões negativas do mercado para o setor industrial, com perspectiva de uma retração de 1,53%


	Mediana das estimativas passou de 0,86% para 0,81%. Há quatro semanas, taxa era de 1,05%
 (Stock.xchng/Reprodução)

Mediana das estimativas passou de 0,86% para 0,81%. Há quatro semanas, taxa era de 1,05% (Stock.xchng/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 10h01.

Brasília - A economia brasileira crescerá menos do que o previsto em 2014, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central.

Pela pesquisa, a mediana das estimativas passou de 0,86% para 0,81%. Há quatro semanas, a expectativa era de 1,05%. Para 2015, a estimativa de expansão também recuou, e de forma mais drástica, passando de 1,50% para 1,20%. Um mês atrás, a mediana estava em 1,50%.

A expectativa para o fraco crescimento é explicado pelas previsões negativas do mercado para o setor industrial. Para 2014, a mediana das estimativas seguiu com a perspectiva de uma retração de 1,53%. Para 2015, porém, a previsão segue em alta de 1,70%. Quatro semanas antes, a Focus apontava estimativa de queda de 0,90% para 2014 e alta de 1,80% em 2015 para o setor.

Os analistas mantiveram estável em 34,85% pela terceira semana seguida a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. Há quatro semanas estava em 34,80%. Para 2015, segue em 35% há oito semanas.

Inflação

Logo após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) de julho (0,01%) abaixo das previsões do mercado financeiro (0,03% a 0,17%), o Relatório de Mercado Focus revelou que a projeção para o indicador de 2014 caiu de 6,39% para 6,26%. Há quatro semanas, a estimativa era de 6,48%. Esta é a quarta semana consecutiva em que há diminuição das previsões.

Já para 2015, a mediana das estimativas subiu de uma semana para outra, passando de 6,24% para 6,25%. Um mês antes, a expectativa mediana estava em 6,10%. A previsão suavizada para o IPCA para os 12 meses à frente aumentou de 6,03% para 6,19%. Há quatro semanas estava em 5,92%.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo subiu de 6,39% para 6,33%.

Para 2015, a previsão mediana dos cinco analistas caiu de 6,75% para 6,48%. Quatro semanas atrás, o grupo previa taxa de 6,51% para 2014 e de 6,75% para 2015. Para o curto prazo, a mediana das estimativas para o IPCA de agosto caiu de 0,26% para 0,25%. Já para setembro, o ponto central da pesquisa desviou de 0,39% para 0,40%.

Selic

A previsão para a taxa Selic no fim de 2014 em 11,00% ao ano pela décima semana seguida. Já para 2015, a mediana ficou estável em 12,00% pela décima primeira semana consecutiva.

A taxa básica de juros está em 11,00% ao ano desde a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu em 27 e 28 de maio. O próximo encontro da diretoria colegiada do BC será nos dias 02 e 03 de setembro.

A previsão para a Selic média em 2014 segue há 10 semanas em 10,91%. Para 2015, porém, caiu de 11,81% para 11,78%, um mês antes essa taxa estava em 11,88%.

Nas estimativas do Top 5 da pesquisa, a previsão para a Selic no fim de 2014, no médio prazo, segue em 11% há sete semanas. Para 2015, no entanto, voltou a subir, de 11,75% para 12,00% ao ano entre uma semana e outra - há quatro semanas a projeção era de 11,50%.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAMercado financeiroSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto