Economia

Focus eleva Selic para 2016 e vê inflação perto do teto

O levantamento com uma centena de especialistas mostrou que permanece em 14,25 por cento a projeção para a Selic no fim deste ano


	Alimentos: os economistas consultados agora veem alta de 6,47 por cento do IPCA em 2016
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Alimentos: os economistas consultados agora veem alta de 6,47 por cento do IPCA em 2016 (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 10h14.

São Paulo - As expectativas para a a taxa básica de juros no fim de 2016 subiram após o Banco Central indicar que pode elevar a Selic se entender necessário, ao mesmo tempo em que as estimativas para a inflação no próximo ano chegaram praticamente ao teto da meta na pesquisa Focus do Banco Central.

O levantamento com uma centena de especialistas mostrou que permanece em 14,25 por cento a projeção para a Selic no fim deste ano, mas a projeção para 2016 alcançou 13,25 por cento, contra 13 por cento anteriormente.

O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, passou na semana passada a mensagem de que o BC fará o que for preciso para levar a inflação ao centro da meta em 2017.

E apesar de seguir acreditando na manutenção do atual patamar da Selic para ter sucesso na tarefa, poderá elevá-la se entender necessário, mesmo diante da fraqueza econômica.

Para a inflação, a pesquisa mensal mostrou que os economistas consultados agora veem alta de 6,47 por cento do IPCA em 2016, 0,18 ponto percentual maior do que o avanço previsto na semana anterior.

Com isso, a alta dos preços praticamente atingiria o teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Para este ano, a piora na estimativa de alta do IPCA, a oitava seguida, foi de 0,08 ponto percentual, para 9,99 por cento. A projeção para o aumento dos preços administrados chegou a 17 por cento neste ano, contra 16,50 por cento no levantamento publicado na semana passada, e a 6,95 por cento em 2016, ante 6,75 por cento.

Em outubro, o IPCA acelerou a alta a 0,82 por cento, maior nível para o mês em 13 anos, pressionado principalmente pelo reajuste dos preços de combustíveis e pela valorização do dólar.

O cenário para a economia também continua se deteriorando, em um ambiente atual de forte recessão, turbulências fiscais e políticas e desemprego em alta.

A expectativa de contração do Produto Interno Bruto neste ano agora é de 3,10 por cento, contra queda de 3,05 por cento no levantamento anterior. Para 2016 é esperada uma retração de 1,90 por cento, maior do que o recuo de 1,51 por cento estimado previamente.

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