Economia

FMI reafirma crescimento de 5,3% na China em 2023, mas reduz projeção para 2024

Após um impulso inicial, a recuperação chinesa perde força, nota, com o setor imobiliário pesando nos investimentos

FMI: Ainda sobre a China, órgão advertiu que sua recuperação poderia desacelerar (rawfile redux/Getty Images)

FMI: Ainda sobre a China, órgão advertiu que sua recuperação poderia desacelerar (rawfile redux/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 25 de julho de 2023 às 10h59.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reafirmou sua expectativa de que a China crescerá 5,3% em 2023, mas reduziu levemente a projeção para o próximo ano, de 5,1% a 5,0%. O FMI divulga nesta terça-feira relatório, no qual atualiza seu documento Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado em abril.

Para os mercados emergentes em geral, o fundo espera agora crescimento de 4,0% neste ano (alta de 0,1 ponto ante a projeção de abril) e de 4,1% em 2024 (corte de 0,1 ponto na mesma comparação). Mas alerta que a média estável "mascara divergências", com 61% das economias nesse grupo crescendo mais em 2023, enquanto as demais, entre elas países de renda baixa, crescendo mais lentamente.

Impasse no setor imobiliário

Ainda sobre a China, o FMI adverte que sua recuperação poderia desacelerar, "em parte como resultado de problemas não resolvidos no setor imobiliário, com repercussões negativas para além de suas fronteiras". Ele vê a demanda chinesa "mais fraca que o esperado", na retomada do país após as medidas contra a covid-19.

Após um impulso inicial, a recuperação chinesa perde força, nota, com o setor imobiliário pesando nos investimentos e também demanda fraca do exterior, enquanto a taxa de desemprego entre os jovens no país está em nível alto, de 20,8% em maio de 2023, menciona o fundo.

Ao contrário de boa parte do mundo, a inflação não se apresenta como um problema para a China. O FMI recorda que inclusive o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortou juros recentemente. Ao mencionar potenciais "riscos de alta" para a economia global, o FMI diz que um deles seria que houvesse mais estímulos que o esperado na China, com repercussões positivas para a economia global.

Acompanhe tudo sobre:FMIChinaeconomia-internacionalCrescimento econômico

Mais de Economia

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR

Dino intima governo a explicar se emendas Pix para eventos cumprem regras de transparência

Governo deverá bloquear R$ 18,6 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir regras fiscais, diz Senado