Economia

FMI quer discutir programa de crédito com presidente eleito da Argentina

Alberto Fernández fez da renegociação da linha de crédito com o fundo um elemento-chave durante sua campanha eleitoral

Alberto Fernández: presidente eleito da argentina usou a linha de crédito do FMI como objeto de campanha (Luis Cortes/Reuters)

Alberto Fernández: presidente eleito da argentina usou a linha de crédito do FMI como objeto de campanha (Luis Cortes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 15h13.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 15h16.

Washington — O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disponível para dialogar com o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, na discussão sobre o futuro da linha de crédito de 57 bilhões de dólares com o país, mas nenhuma reunião foi marcada ainda, disse nesta quinta-feira o porta-voz da entidade.

"Estamos prontos para conversar quando for conveniente para eles", disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em declaração à imprensa.

Fernández, peronista que em 27 de outubro derrotou o atual presidente liberal Mauricio Macri, fez da renegociação do programa com o FMI um elemento-chave durante sua campanha eleitoral.

Rice disse que o FMI compartilha dos objetivos de Fernández de tirar a economia argentina de sua crise atual e abrir caminho para um crescimento mais sólido e inclusivo.

O FMI tem restrições quanto à capacidade da Argentina de reestruturar a dívida, disse Rice, mas acrescentou que participará da avaliação da sustentabilidade da dívida do país, o que pode afetar qualquer renegociação que a Argentina leve a cabo com os detentores de bônus.

"Para levar a cabo nossa sustentabilidade da dívida, precisamos de análise, precisamos da inflação sobre os planos da autoridade, assim como também para analisar as perspectivas macroeconômicas", disse Rice.

"Não estamos em condições de fazer essa avaliação neste momento, porque as discussões com o novo governo ainda não aconteceram", completou.

Acompanhe tudo sobre:Alberto FernándezArgentinaFMI

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta