Economia

FMI prevê para 2015 menor crescimento da China em 25 anos

Previsão atual do Fundo é de que a economia chinesa cresça 6,8%, ante 7,1% previstos em outubro

Investidor chinês: de acordo com o último relatório do Fundo, a segunda maior economia do planeta manterá em 2015 sua trajetória de desaceleração (STR/AFP)

Investidor chinês: de acordo com o último relatório do Fundo, a segunda maior economia do planeta manterá em 2015 sua trajetória de desaceleração (STR/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 08h39.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta terça-feira em 0,3 ponto percentual sua previsão de crescimento da China para 2015, cujo PIB deve avançar 6,8%, o mais baixo registrado no país nos últimos 25 anos.

Em outubro passado, o Fundo havia antecipado um crescimento de 7,1% em 2015, o menor nível desde 1990, mas que se mantinha acima dos 7%. Para 2016, o FMI prevê um crescimento ainda mais moderado para os padrões chineses, de 6,3%.

De acordo com o último relatório do Fundo, a segunda maior economia do planeta manterá em 2015 sua trajetória de desaceleração, fundamentalmente devido a uma redução dos investimentos, uma tendência que se manterá até 2016.

"O crescimento dos investimentos na China caiu no terceiro trimestre de 2014, e os indicadores apontam para baixo", assinala o relatório do Fundo.

O FMI acrescentou que "se prevê que as autoridades darão mais ênfase na redução das vulnerabilidades geradas pelo recente crescimento rápido do crédito e dos investimentos".

Esta drástica desaceleração do crescimento chinês é de tal magnitude que seus efeitos serão sentidos em todas as economias emergentes da Ásia.

O Fundo também revisou para baixo suas previsões de crescimento global para 2015 e 2016, apesar do impulso proporcionado pela queda dos preços do petróleo.

Segundo as novas previsões do FMI, o PIB mundial avançará 3,5% este ano e 3,7% em 2016, com uma redução de 0,3 ponto em relação aos percentuais anunciados em outubro passado para os dois anos.

"A queda dos preços do petróleo - produzida em grande parte pelo aumento da oferta - estimulará o crescimento mundial, mas este estímulo se verá amplamente superado por fatores negativos", afirma o FMI.

De acordo com o Fundo, a queda nos preços do petróleo - superior a 55% desde setembro passado - favorecerá em geral os países importadores, mas "oculta profundas diferenças de crescimento entre as grandes economias".

Neste cenário, o FMI elevou em 0,5 ponto sua previsão de crescimento para os Estados Unidos.

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