Economia

FMI pede espera para "conhecer detalhes" das tarifas de Trump

O presidente americano, Donald Trump, suavizou sua postura ao assegurar que mostrará "grande flexibilidade" com aqueles que são "amigos sérios"

FMI: "Pedimos aos EUA e seus parceiros comerciais que trabalhem de maneira construtiva para reduzir barreiras comerciais e solucionar desacordos comerciais, sem recorrer a medidas excepcionais" (AFP/ Saul Loeb/AFP)

FMI: "Pedimos aos EUA e seus parceiros comerciais que trabalhem de maneira construtiva para reduzir barreiras comerciais e solucionar desacordos comerciais, sem recorrer a medidas excepcionais" (AFP/ Saul Loeb/AFP)

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EFE

Publicado em 8 de março de 2018 às 13h58.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que "é importante esperar para conhecer os detalhes" das tarifas que os Estados Unidos imporão ao aço e ao alumínio, embora tenha ressaltado que "em uma guerra comercial ninguém ganha".

"Embora o Governo dos EUA tenha anunciado sua intenção de impor tarifas, ainda falta um anúncio formal (...). Portanto é importante esperar para conhecer os detalhes", disse Gerry Rice, porta-voz do Fundo, em sua entrevista coletiva quinzenal.

Concretamente, mencionou a necessidade de saber quais "serão os produtos afetados, se haverá parceiros comerciais que são isentos e se haverá alguma flexibilidade na imposição destas tarifas ou cotas".

"Pedimos aos EUA e seus parceiros comerciais que trabalhem de maneira construtiva para reduzir barreiras comerciais e solucionar desacordos comerciais, sem recorrer a medidas excepcionais", acrescentou.

Neste sentido, Rice citou as recentes palavras da diretora do FMI, Christine Lagarde, nesta semana, nas quais ressaltou que "em uma guerra comercial, guiada por recíprocos aumentos das tarifas, ninguém ganha, e se costuma encontrar perdedores em ambos lados".

Nesta manhã, o presidente americano, Donald Trump, suavizou sua postura ao assegurar que mostrará "grande flexibilidade" com aqueles que são "amigos sérios", depois que se abriu a porta a isenções para diversos países.

A Casa Branca indicou nesta quarta-feira que Trump assinará no final de semana a taxação de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio, mas ressaltou que "haverá exclusões para México e Canadá com base na segurança nacional, e potencialmente também para outros países".

Na sexta-feira passada, o FMI emitiu um comunicado no qual destacou sua preocupação de que "as medidas propostas pelos EUA ampliem de fato as circunstâncias nas quais os países utilizam a lógica da segurança nacional para justificar restrições de importação mais amplas".

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