Economia

FMI pede coordenação de reformas das grandes potências

Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, pediu nesta quinta-feira, véspera da reunião do G20, uma maior coordenação entre as grandes potências, advertindo que as reformas financeiras são "incoerentes" em alguns aspectos. "Há muitas áreas, relacionados a agências classificadoras (de risco), a transações privadas, a fundos especulativos, e outros problemas, onde […]

Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI diz que reformas financeiras são incoerentes em alguns aspectos (.)

Dominique Strauss-Kahn, diretor do FMI diz que reformas financeiras são incoerentes em alguns aspectos (.)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2010 às 16h08.

Washington - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, pediu nesta quinta-feira, véspera da reunião do G20, uma maior coordenação entre as grandes potências, advertindo que as reformas financeiras são "incoerentes" em alguns aspectos.

"Há muitas áreas, relacionados a agências classificadoras (de risco), a transações privadas, a fundos especulativos, e outros problemas, onde já foram anunciadas ou já se implementou, simplesmente incoerentes", declarou Strauss-Kahn em coletiva de imprensa em Washington.

Essas reformas foram iniciadas em muitos países para evitar uma nova crise financeira tão grave quanto a de 2008-2009, que colocou a economia mundial na recessão e foi em grande parte atribuída à inércia das autoridades ante os riscos assumidos pelos bancos.

O assunto é uma das prioridades do presidente americano Barack Obama, que fez nesta quinta-feira um discurso em Nova York na tentativa de convencer Wall Street a apoiar seu projeto de reforma financeira.

"Há uma pressão política na maioria dos países, entre eles os Estados Unidos, países da União Europeia e outros, que pedem aos governos avanços rápidos e implementações das reformas", completou Strauss-Kahn.

Em relação à reforma em debate no Senado americano, e em particular aos projetos para impor um imposto aos bancos com o objetivo de recuperar o dinheiro dos contribuintes investido para resgatar o sistema financeiro, o diretor-gerente do FMI afirmou que a proposta não está "tão longe do que" o FMI propõe.

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