Economia

FMI faz alerta ao Brasil e aos emergentes

Para o fundo, o país pode ser afetado por uma possível expansão da crise europeia ao restante do mundo

A diretora do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong (Kazuhiro Nogi/AFP)

A diretora do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong (Kazuhiro Nogi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 07h29.

Tóquio - Os mercados financeiros emergentes devem estar preparados para uma possível expansão da crise europeia ao restante do mundo, advertiu nesta quarta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Os mercados asiáticos e latino-americanos sofrem um impacto menor dos choques procedentes da Europa, mas não são imunes", explicou José Viñals, diretor para temas financeiros do FMI, ao apresentar o relatório anual de estabilidade financeira.

O documento confirma que os principais riscos para a economia financeira persistem na Eurozona e que os principais bancos da região poderiam registrar uma contração de seu valor de até 2,8 trilhões de dólares até o fim de 2013.

"A mensagem é: permaneçam atentos e aumentem ou preservem a margem de manobra quando possível", recomendou Viñals aos países emergentes.

O FMI destaca que países como Brasil e Índia estão entrando em um ciclo de crédito bancário com maiores riscos, por causa da expansão dos últimos anos.

"O crédito bancário se expandiu a uma taxa média de 15% nos últimos cinco anos na Ásia e América Latina, com um crescimento particularmente alto no Brasil, China, Hong Kong, Cingapura e Vietnã", destaca o relatório.

Nas principais cidades brasileiras, os imóveis registraram uma valorização de até 100% desde 2007.

Paralelamente, o índice de inadimplência nos bancos brasileiros ficou em 7,8% do total da carteira de empréstimos em junho, adverte o texto.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaCrises em empresasDados de BrasilEuropaFMIUnião Europeia

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'