Lagarde, em reunião do FMI: trata-se de uma ameaça não só para os Estados Unidos, mas "também para a economia global dado o tamanho" do país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 22h01.
Nova York - As autoridades dos Estados Unidos "devem resolver rapidamente o chamado abismo fiscal" e o aumento do teto de sua dívida, seja quem for o ganhador das eleições presidenciais de terça-feira, pediu nesta segunda-feira a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, no México.
A falta de acordo no Congresso norte-americano sobre os mecanismos para reduzir o déficit público ameaçam desatar uma série de ajustes automáticos que implicam cortes do gasto federal e aumentos de impostos, um cenário conhecido como "abismo fiscal" que afetaria duramente a economia mundial.
Trata-se de uma ameaça não só para os Estados Unidos, mas "também para a economia global dado o tamanho" do país, disse Lagarde em coletiva de imprensa no final da reunião de ministros de Finanças e governadores de bancos centrais do G20 na capital mexicana.
"Quem quer que seja eleito amanhã (terça-feira, o presidente Barack Obama ou o republicano Mitt Romney) deverá enfrentar esse desafio", disse Lagarde.
A diretora do FMI lembrou que faltam apenas dois meses aos Estados Unidos para encontrar uma solução a esta ameaça ao crescimento mundial.
Segundo o comunicado final da reunião, os Estados Unidos se comprometeram a evitar uma queda brusca de seu gasto público que possa afetar a economia global.
"Os Estados Unidos cuidarão cuidadosamente do ritmo de ajuste fiscal para garantir que as finanças públicas sigam em um caminho sustentável a longo prazo, evitando (assim) uma forte contração fiscal em 2013", disse o texto divulgado no final de dois dias de deliberações na capital mexicana.