Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou nesta quinta-feira as previsões de crescimento da Espanha para este ano para 1,2% e para 1,6% em 2015, contra 0,9% e 1%, respectivamente, calculados em abril, segundo seu relatório de revisão anual da economia espanhola.
"A economia dobrou a esquina, a recuperação está bem canalizada e as perspectivas são melhores que há um ano graças aos esforços da sociedade e às medidas adotadas", afirmou James Daniel, responsável da missão para a Espanha, ao apresentar o relatório conhecido como Artigo IV.
Nos últimos seis meses, o Fundo duplicou as previsões de crescimento para a economia espanhola.
Entre os fatores que contribuíram para a melhora, o FMI cita "condições financeiras muito melhores e confiança na zona do euro, as tendências de progresso no mercado de trabalho, ajudada pela reforma de 2012; e o fruto do investimento empresarial, estimulado pelas robustas exportações".
No entanto, o Fundo reitera que o legado da crise persiste em forma de um desemprego "inaceitavelmente alto", atualmente em 26%, com a "maioria dos desempregados sem trabalho por mais de um ano".
O organismo dirigido por Christine Lagarde prevê uma queda progressiva do índice de desemprego para 24,9% ato o fim deste ano, e de 23,8% até o final de 2015.
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1. Retratos da crise
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1/7 (Dominique Faget/AFP)
São Paulo – O símbolo do
Bankia que aparece na foto ao lado é visto com frequência quando o assunto é a
crise na
Espanha. O banco precisou receber injeção financeira do governo espanhol. Mas esse não é o único problema que o país enfrenta em meio à crise financeira e tão pouco esta é a única imagem para retratar as questões. Pessoas procurando emprego, protestos contra austeridade e até famílias que começaram a precisar revirar lixo são outras cenas que dão noção de como a crise atingiu a Espanha. Confira algumas dessas imagens clicando nas fotos
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2. Comida no lixo
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2/7 (Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)
A foto ao lado mostra pessoas que não moram na rua procurando por comida em meio ao que sobrou após um dia num mercado em Madri. Uma reportagem do
The New York Times mostrou que essa é uma tendência crescente na Espanha. Com dificuldade de conseguir emprego ou com salários muito baixos, mais pessoas estão tendo que recorrer a lixeiras e casas de caridade para buscar comida. O problema cresce tanto que, segundo a reportagem, a cidade de Girona decidiu trancar lixeiras próximas a supermercados por uma questão de “saúde pública”.
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3. Desemprego em alta
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3/7 (Reuters/Susana Vera)
Juan Carlos, um homem de 40 anos de idade, busca emprego (ou uma ajuda para pagar o aluguel) com uma placa no centro de Madri, em 25 de setembro de 2012. Ele é mais um dos que sofrem com a altíssima taxa de
desemprego no país. Num levantamento recente entre as principais economias do mundo,
EXAME.com mostrou que a taxa de desemprego na Espanha, de 25,1%, é maior do que na Grécia, que está em 24,4%.
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4. Protestos contra austeridade
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4/7 (Reuters/Andrea Comas)
Manifestações populares contra medidas austeras não são raras pela Europa. A imagem ao lado mostra manifestantes em uma dessas missões. A foto foi tirada em 25 de setembro de 2012, em frente ao parlamento espanhol, em Madri. A imagem mostra a polícia se preparando para contar uma multidão que manifesta contra cortes de orçamento para 2013.
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5. Separatismo na Catalunha
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5/7 (David Ramos/Getty Images)
Com a crise crescente, aumenta também o sentimento separatista de algumas regiões autônomas da Espanha. A foto ao lado mostra uma manifestação em Barcelona pela separação da Catalunha do restante do país. A região é uma das mais ricas da Espanha e a manifestação ocorreu em 11 de setembro. A expectativa é que a Catalunha
promova um referendo para votar a separação do restante da Espanha.
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6. Mercado imobiliário
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6/7 (Oli Scarff/Getty Images)
A Espanha enfrenta também uma crise imobiliária. A imagem ao lado, feita em julho de 2012, mostra um residencial na cidade de Seseña. Construído para ser casa de até 30 mil pessoas (mais do que a população local, na expectativa de atrair moradores de cidades vizinhas), o projeto não deslanchou em vendas e a maior parte dos apartamentos continuou vazia no lançamento.
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7. Agora veja por onde a crise não passa
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7/7 (Divulgação)