Economia

FMI diz que reformas bancárias desaceleraram por pressão

Progresso em concluir reformas bancárias para cobrir lacunas destacadas pela crise financeira de 2007-09 é muito baixo


	Christine Lagarde: "A má notícia é que o progresso ainda é baixo, e a linha de chegada ainda está muito longe"
 (Brendan Smialowski/AFP)

Christine Lagarde: "A má notícia é que o progresso ainda é baixo, e a linha de chegada ainda está muito longe" (Brendan Smialowski/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 09h33.

Londres - O progresso em concluir reformas bancárias para cobrir lacunas destacadas pela crise financeira de 2007-09 é muito baixo e está sendo prejudicado por forte lobby da indústria, disse o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse que os bancos estão reservando mais capital agora do que faziam antes da crise financeira, quando contribuintes tiveram que resgatar o setor.

"A má notícia é que o progresso ainda é baixo, e a linha de chegada ainda está muito longe", disse ela em uma coletiva de imprensa sobre inclusão econômica em Londres.

Embora a tarefa de reformar bancos seja complexa, o progresso também está sendo segurado pela "forte pressão da indústria" e a fadiga que ocorre nesse ponto em um longo caminho, disse ela.

"Uma grande brecha é que o problema dos grandes demais para falir ainda não foi resolvido", disse Lagarde, referindo-se à crença nos mercados de que os governos ainda vão intervir para salvar os grandes bancos para evitar o caos visto quando o Lehman Brothers entrou em colapso em 2008.

Lagarde também pediu a reguladores em todo o mundo que cheguem a um plano sobre o encerramento de grandes bancos em dificuldades.

"Este é um buraco na arquitetura financeira agora, e requer que os países coloquem o bem global da estabilidade financeira à frente dos seus interesses paroquiais", disse Lagarde.

Acompanhe tudo sobre:BancosChristine LagardeEconomistasFinançasFMI

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto