Economia

FMI diminui previsões de crescimento da Espanha

Os novos dados do Fundo indicam uma queda de um e dois décimos para 2013 e 2014, respectivamente, frente às projeções divulgadas em outubro do ano passado


	Espanha: apesar dos "recentes progressos", o Fundo prevê que a recuperação da zona do euro "atrasará" em 2013.
 (REUTERS/Susana Vera)

Espanha: apesar dos "recentes progressos", o Fundo prevê que a recuperação da zona do euro "atrasará" em 2013. (REUTERS/Susana Vera)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 14h45.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta quarta-feira para baixo as previsões econômicas da Espanha em 2013 e 2014, que situou respectivamente em -1,5% e 0,8% para 2014 em seu relatório atualizado de "Perspectivas da Economia Mundial".

Os novos dados do Fundo indicam uma queda de um e dois décimos para 2013 e 2014, respectivamente, frente às projeções divulgadas em outubro do ano passado em Tóquio.

Em 2012, o órgão internacional dirigido por Christine Lagarde situou o dado preliminar de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol em -1,4%, um décimo a menos que o previsto quatro meses atrás.

"A atividade na periferia da zona do euro foi inclusive mais frágil do que o previsto, com certos sintomas de um contágio mais forte desse enfraquecimento no núcleo da zona do euro", indicou o FMI em seu breve relatório de atualização de dados.


A zona do euro cairá neste ano 0,2%, três décimos a mais do que o previsto anteriormente, depois que em 2012 o fez em 0,4%.

Por isso, o Fundo recomendou que "os esforços de ajuste nos países da periferia devem ser sustentados e contar com o respaldo dos países do núcleo".

O órgão receitou a "utilização plena dos firewalls europeus, aproveitando a flexibilidade oferecida pelo Pacto Fiscal e tomando outras medidas encaminhadas a conseguir uma união bancária plena e uma maior integração fiscal".

Apesar dos "recentes progressos", o Fundo prevê que a recuperação da zona do euro "atrasará" em 2013, em contraste com a recuperação "gradual" da economia global. Além disso, o FMI mostrou um cauteloso otimismo ao longo do ano para a região da moeda única europeia.

"Em 2013, esses obstáculos começarão a se dissipar, sempre que continuarem a ser executadas as reformas de política previstas para combater a crise", previu.

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